Para além de documentos legais e políticas públicas, precisamos repensar o modelo atual vigente de educação, precisamos construir uma educação universal, inclusiva, aberta e “para todos”.
Segunda a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva o público alvo da Educação Especial é:
Pessoas com deficiência: pessoas cegas, surdas, pessoas com mobilidade reduzida e pessoas com deficiência intelectual.
Pessoas com transtorno do espectro autista: existem níveis do espectro onde o sujeito se encontra: leve, moderado e severo. O atendimento desses sujeitos é de extrema importância para dar autonomia a esses sujeitos.
Pessoas com AH/SD: apresentam três características: criatividade, habilidade acima da média e comprometimento com a tarefa.
Agora que a você já sabe quem é o público alvo da Educação Especial, vamos a algumas dicas valiosas de como lançar um olhar mais atento às necessidades específicas desses sujeitos:
- Cada aluno é único: capacidades, interesses, estilos de aprendizagem, e formas preferidas de expressão do indivíduo.
- A aprendizagem é mais efetiva quando os alunos aproveitam o que estão fazendo.
- A aprendizagem é mais significativa e prazerosa quando o conteúdo e o processo são apreendidos dentro do contexto de um problema real.
Por que Libras é considerada uma língua?
Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais, uma língua de modalidade gestual-visual onde é possível se comunicar através de gestos, expressões faciais e corporais.
A Libras possui estrutura gramatical própria, portanto, é uma língua. Inclusive é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão do Brasil desde 2002, através da Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002. O ato de se comunicar através da Libras é fazer o uso da linguagem.
A Libras é muito utilizada na comunicação com pessoas surdas, sendo, portanto, uma importante ferramenta de inclusão social.
É de bom tom chamar a pessoa de surda?
Esta é uma dúvida comum das pessoas, Como se deve chamar uma pessoa surda?
O uso do termo surdo ou pessoa surda está no Decreto 5.626/2005 e explica em seu artigo 2º que: “considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras”
Além disso, precisamos considerar a Comunidade Surda como um todo, para os surdos, a surdez não é uma deficiência – é uma outra forma de experimentar o mundo.
Se olharmos para surdez como uma característica individual e não como uma limitação da pessoa, com um olhar de potencial e não capacitista, aos poucos avançaremos para uma sociedade mais inclusiva.
Por Bibiana Pozzebon
Educadora especial e criadora do canal VLOGEE.